Somos um povo com uma têmpera invejável e capaz de dar voltas e reviravoltas para encontrar o seu caminho, a sua esperança de uma vida melhor. Estamos espalhados por todo o mundo e, onde quer que haja um português, há a saudade no coração que só nós sabemos o que é.
Nascidos num pequeno território, temos alma de gigantes e somos capazes de enfrentar ventos e tempestades como os marinheiros de outrora. Deles nos ficou este desejo de descobrir novos lugares, novas gentes e partir para o desconhecido como se o tivéssemos fechado na mão. E, onde quer que se oiça a nossa língua, salvo raríssimas exceções, é sinal de que ali está um grande trabalhador, um grande investigador, um prestigiado artista, um atleta, um economista, um professor ou um político de renome e reconhecido pelo mundo pelas suas capacidades e persistência. A toda a hora, em qualquer área de trabalho, se ouve falar do sucesso e da classe dos portugueses. Esqueçamos as nódoas negras que, infelizmente, mancham a nossa pátria e toldam o sol da nossa dignidade. Como já disse, os casos pontuais de malvadez, hipocrisia e prepotência, mais dia menos dia tornar-se-ão tão evidentes aos olhos de todos, que terão o fim merecido.

Hoje é dia de Santo António, um aventureiro que, no seu tempo, ousou cruzar os mares para levar consigo um ideal de fé, lutando contra todas as adversidades longe da mãe-pátria, fazendo-se respeitar e amar por todos os seus companheiros, dando sinais das suas virtudes e bondade.
Que o seu exemplo de bondade e humildade seja seguido por nós, portugueses, que tanto nos honramos dos nossos antepassados.
Noite de Santo António
Nesta noite estrelada
dança o povo, prazenteiro,
cada um com sua namorada,
canta ao Santo casamenteiro.
Cheira a manjerico e a cravo
nas janelas enfeitadas.
Este povo lutador e bravo
adora sardinhas assadas.
Varinas e pescadores
lembram os tempos de outrora,
Lisboa e seus amores,
marinheiros por esses mares fora.
E faz jus à tradição
este povo incansável.
Em tudo põe alma e coração
neste Portugal admirável.
Bom Santo António para todos os meus leitores

Graça Foles Amiguinho
Colaboradora Portuguesa
“Son Maria de Graça Foles Amiguinho Barros. Vivo en Vila nova de Gaia, pero nascín no Alentejo, nunha aldeia pequena chamada A Flor do Alto Alentejo.
Estudei en Elva. Fiz maxisterio en Portoalegre. Minha vida foi adicada ao ensino durante 32 anos, aos meus alumnos ensineilles a amar as letras, o país, as artes e a cultura.
Meu começo coa poesia aconteceu de xeito dramático cando partin os dous braços, en 2004 comecei a escribir poesia compulsivamente, en 2005 xa tiña o primero libro editado O meu sentir…”
máis artigos
♥♥♥ síguenos ♥♥♥