Acordou a terra do seu torpor

Naufraguei nos meus sonhos

Na singeleza dos caminhos

Danifiquei as palavras

Sem ter remendos da mesma cor,

Esculpi a noite ausente

E embalei os desejos

Onde rasgo o despertar

No azul deste mar

Em doces melodias

No cais onde embarcam as esperanças

E choram as despedidas,

Partem as saudades

Em marés vivas

E eu adormeço ao som das lágrimas

E era Maio quando adormeci

Tinha em minhas mãos

A fronteira encerrada

E bagagens para carregar

E nas bagagens livros de poesias

Com sonhos por concretizar

São campos semeados de solidão

E a terra enegrecida por “amanhar”

Onde ainda arde o carvão

Fica sozinha onde o sol nasce agora devagar

Onde a vida perdeu novamente a cor.

 

António Silva

Novembro de 2022

António Silva

António Silva

Poeta

Eu me chamo António Silva. Sou português e da província do Baixo Alentejo. Gosto muito de pintar e escrever poesia.

Meus poemas são pequenas pinturas coloridas. Cada tela que pinto é um poema colorido. E meus poemas são pinturas que retratam pedaços da minha vida. Recordações de infância que ficaram gravadas em meu coração. Eu gosto de colorir a vida com meus poemas e minhas pinturas. Assim a vida é mais fácil e mais bonita. Pinto e escrevo, como se ainda eu fosse uma criança.

Pois por dentro, eu não mudei, sou uma criança que tem um corpo de adulto.

Uma casa onde o tempo deixou seu rasto

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