Para tí
Para ti
Que passas na vida
Sem tempo para os afetos
Não sabes a cor dos abraços
Nem conheces o bater de um coração
Junto ao teu,
Passas ao lado do doce da vida
Esqueces que o tempo
É unidirecional
Nunca se repetirá o mesmo abraço
E mesmo que teu retrato
Mostre o teu cansaço
Mesmo que a noite seja de rosas
E que caiam pétalas de luar
E que os sonhadores
Sejam maiores do que seus sonhos
Tu te perdes na multidão
Daqueles que percorrem a vida
Sem nada da vida levarem,
Para ti
Que corres em busca do vento
Onde o tempo é pouco
E o mundo gira qual pião sem parar
E na multidão dos dias
A solidão
Será o teu quinhão,
Perdeste o tempo dos afetos.
António Silva
Dezembro de 2021
António Silva
Poeta
Eu me chamo António Silva. Sou português e da província do Baixo Alentejo. Gosto muito de pintar e escrever poesia.
Meus poemas são pequenas pinturas coloridas. Cada tela que pinto é um poema colorido. E meus poemas são pinturas que retratam pedaços da minha vida. Recordações de infância que ficaram gravadas em meu coração. Eu gosto de colorir a vida com meus poemas e minhas pinturas. Assim a vida é mais fácil e mais bonita. Pinto e escrevo, como se ainda eu fosse uma criança.
Pois por dentro, eu não mudei, sou uma criança que tem um corpo de adulto.
Pingos de tinta
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