É tempo de pensarmos quem nos domina, quem nos induz a seguir determinada ideologia e qual a força da comunicação social, na transformação de mentalidades.

Fico, muitas vezes, com a sensação de que os valores morais de respeito pelo nosso semelhante, estão sendo banidos e cada pessoa procura, custe o que custar, atingir os seus objetivos, nem que para isso tenha que “vender a alma ao diabo”, como muitas vezes ouvi dizer.

Não quero acreditar que o bom senso, o respeito e o amor possam ser espezinhados para que alguém se sinta superior, predestinado e dono do destino de milhões de pessoas.

Irão desaparecendo os verdadeiros defensores do humanismo, da liberdade e da democracia?

Há poucos meses, partiu um grande Professor, de quem a nossa história não se poderá esquecer, porque todo o seu percurso académico deixa grandes lições aos vindouros, se as quiserem seguir, evidentemente. Refiro-me ao Professor Adriano Moreira, um homem coerente e honesto, testemunho precioso de uma longa vida, grandes vivências e sabedoria, durante o seu século de existência.

Vemos a Europa agitada por uma guerra, assistindo nas televisões ou nos nossos telemóveis, ao sofrimento e à morte, todos os dias, de gente inocente, que de política, pouco sabe. Uma guerra sem um fim à vista, porque os envolvidos defendem ideais completamente opostos. A Rússia imperialista não se conforma com o seu desmembramento e quer recuperar os territórios que se tornaram independentes e foram reconhecidos internacionalmente. Resolveu agir da forma mais desumana possível, para alcançar os seus hediondos objetivos, provocando a maior debandada de populações, após a Segunda Grande Guerra, deixando rastos de destruição e sangue derramado e tentando manipular a realidade.

Não satisfeita com as suas formas criminosas de intimidação das populações, tem ao seu serviço, nos canais de comunicação, profissionais com uma mentalidade “nazi”, desejando o extermínio das crianças Ucranianas.

Senti-me enojada e as minhas entranhas revoltaram-se com o que li sobre um responsável de um dos programas de propaganda russa, considerado um extremista até, pelos apoiantes do Kremlin, que se atreve a chamar “animais” aos ucranianos, defendendo que deveriam “desaparecer”. É um indivíduo sem regras de moral, tendo afirmado que “as crianças que não quisessem ser russas deviam “ser atiradas diretamente para o rio com uma corrente forte e ter-se afogado no rio Tysyna”.

O responsável por estas afirmações foi Anton Krasovsky, ao entrevistar um autor russo de ficção científica, Sergei Lukyanenko. 

Dizia o escritor que, nos anos oitenta, ouviu crianças dizerem que “as suas vidas estariam melhores, se não estivessem sob o controlo da Rússia”.

Sabemos que em 1991, a Ucrânia se tornou uma Nação independente, depois da extinção da URRS.

Pessoas com grandes responsabilidades, que nos meios de comunicação incentivam ao genocídio, são muitíssimo perigosas.

Foi suspenso? Que importa? O que ele disse, foi ouvido por milhões de pessoas que, como sabemos, estão sedentas de sangue, revoltadas, descompensadas emocionalmente e se tornam atores eficientes, loucos, nesses cenários dramáticos, irracionais e imorais.

Quantas mulheres e crianças foram já mortas, nesta guerra, depois de terem sido violadas pelos soldados invasores?

O poder da palavra, tanto pode transportar o bem, como o mal. A comunicação social tem uma importância de uma dimensão incalculável.

Como conseguirão os pais e educadores ajudar os seus filhos e alunos a fazerem uma filtragem do que lêem, vêem e ouvem, para saberem onde está a verdade?

Graça Foles Amiguinho

Graça Foles Amiguinho

Colaboradora Portuguesa

“Son Maria de Graça Foles Amiguinho Barros. Vivo en Vila nova de Gaia, pero nascín no Alentejo, nunha aldeia pequena chamada A Flor do Alto Alentejo.

Estudei en Elva. Fiz maxisterio en Portoalegre. Minha vida foi adicada ao ensino durante 32 anos, aos meus alumnos ensineilles a amar as letras, o país, as artes e a cultura. 

Meu começo coa poesia aconteceu de xeito dramático cando partin os dous braços, en 2004 comecei a escribir poesia compulsivamente, en 2005 xa tiña o primero libro editado  O meu sentir…”

A lei de Taliao

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