O lobo do mar por Teresa Melo

O lobo do mar por Teresa Melo

O LOBO DO MAR

Rosto crispado e cansado,

Mãos rudes, fustigadas pelo vento,

Maltratadas pela árdua faina diária.

Homem que peleja o robusto azul firmamento,

Apaixonado pelo redolente da maresia,

Capaz de aguentar a ressaca do mar.

Sem aviso, o mar se braveja,

As nuvens se entumecem,

Sibila o vento e encurva as ondas.

Flamejam raios,

A tempestade entoa os gritos,

dos homens de pesadas cruzes.

Em terra, lágrimas salgam o mar,

Das mulheres que temem as vestes pretas,

E os seus homens não sepultarem.

Raia a aurora, no horizonte,

Inquieta,

Que se veste de carmim!

          Pintura e poema de Teresa Melo

María Teresa Van Caennemberg de Oliveira Melo

María Teresa Van Caennemberg de Oliveira Melo

Nascida em 05/12/1958 em São João da Madeira onde viveu até 1973.

Nesse ano trocou a vida pacata da vila pelo rebuliço da garbosa cidade do Porto onde concluiu os estudos na área de Turismo, profissão que abraçou apaixonadamente até 2008.

Seus pais sempre lhe incutiram a importância da leitura, narração de histórias e viagens como pilar do ensino-aprendizagem que a levaram a escrever textos e poemas desde adolescência.

Sua paixão pela Arte tenta conciliar a pintura e a escrita.

Em 2020 participou na Colectânea Raia Luso Espanhola a convite da poetisa e amiga Graça Foles Amiguinho.

Em 2021, participou na Colectânea Cultura Sem Fronteiras.

” Acredito que a Arte é a alma da Sociedade”

Mundo das flores

Amor suspenso

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Décima lição de Portugués por Anxo Glez Guerra

Décima lição de Portugués por Anxo Glez Guerra

Nesta nona lição de portugués, Anxo González Guerra fálanos dos froitos que nos da o mar.

Vocabulario:

O esqui, o tênis, a vela,

o bilhar, o remo, o atletismo,

o badminton, o voleibol,o ciclismo,

a esgrima, o futebol, o golfe,

o hipismo, a luta etc

Anxo González Guerra

Anxo González Guerra

Profesor de Galego

Son Anxo González Guerra. Crieme entre Trasar de Carballo e a Cervela, lugares da montaña luguesa. No Seminario tiven de profesor ao mestre das etimoloxías Nicandro Ares, no Instituto a Alonso Montero, no Colexio Universitario a Anxo Tarrío e na Facultade de Filoloxía a Carvalho Calero. Terán algo que ver en que sexa un dos integrantes da 1ª promoción de Galego-Portugués?

De xaneiro de 1980 a abril de 2015 fun profesor de Lingua Galega e Literatura no IES Sánchez Cantón onde tiven alumnos e alumnas marabillosos. Desde 2005 Vitoria Ogando e mais eu fomos poñendo materiais na Internet: ogalego.eu. E seguimos de xubilados.

Alá na miña terra da infancia aos xubilados dáselles por traballar unha ribeira ou un morteiro. A min dáseme por cousas de lingua e literatura, alí onde queiran escoitarme. A cabeza non para, non convén estar ocioso.

Viaxar a Portugal

Liçao 9

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As flores do meu jardim por António Silva

As flores do meu jardim por António Silva

As flores do meu jardim

Técnica: acrílico e pastel seco sobre tela

 Texto: As flores e as árvores fazem parte da minha vida. São uma forma de alegrar a nossa vida, mas são mais do que isso, tornam a vida possível no nosso mundo. A vida na Terra não seria possível sem as flores e as árvores. 

 António Silva

As flores
António Silva

António Silva

Poeta

Eu me chamo António Silva. Sou português e da província do Baixo Alentejo. Gosto muito de pintar e escrever poesia.

Meus poemas são pequenas pinturas coloridas. Cada tela que pinto é um poema colorido. E meus poemas são pinturas que retratam pedaços da minha vida. Recordações de infância que ficaram gravadas em meu coração. Eu gosto de colorir a vida com meus poemas e minhas pinturas. Assim a vida é mais fácil e mais bonita. Pinto e escrevo, como se ainda eu fosse uma criança.

Pois por dentro, eu não mudei, sou uma criança que tem um corpo de adulto.

As distâncias que eu percorri

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Envelhecer com dignidade por Graça Foles

Envelhecer com dignidade por Graça Foles

Na contagem decrescente dos dias, nada me inquieta, nem me tira o sono.

O tempo vivido foi pleno e nada do que passei me traz arrependimento.

Hoje, as recordações, sem lágrimas ou ressentimentos, são a força dinamizadora das minhas atitudes, do meu desejo de tornar este mundo melhor, de animar quem não encontrou a paz merecida, de acarinhar quem sofre as dores da doença, de desejar dias de paz e bem-aventuranças para os que sofrem a desdita de uma guerra, passando por privações.

Sou feliz com o pouco que tenho, não ambiciono riquezas ou grandezas. Bastam-me os sonhos e o que vou concretizando, dentro do pequeno mundo que me rodeia.

A velhice, cada vez mais abrangente em todo o mundo, nem sempre é olhada com o respeito que merece.

Surgem sempre, no meu espírito, algumas interrogações sobre o futuro.

Mas depressa se dissipam, pois eu não sei o que significa “futuro”. Para quê, preocupar-me com o que não existe? Penso no dia de hoje e agradeço a saúde, a paz, as capacidades que ainda tenho, e o amanhã será o que tiver de ser, se houver amanhã!

Afinal, há tantos idosos como eu, hoje, a sofrer. Uns, porque não têm o carinho de ninguém, outros, porque estão sós no meio da multidão, e ainda há, os que perderam a razão e já não sabem onde estão.

As notícias constantes que nos chegam sobre a dor, a morte, a destruição do trabalho conseguido durante uma vida, embora distante de nós, cortam-nos a respiração, sufocam-nos a alma com a solidariedade que sentimos e o pensamento do que faríamos, se nos víssemos em idêntica situação.

Vellos na guerra

Como reagiríamos, ouvindo o som estridente das bombas assassinas? Como aguentaríamos ver os nossos amigos e familiares perecerem injustamente, sem nada de errado terem feito?

Como suportaríamos saber que os nossos netos eram usados como “balas para canhões”?

Como aceitaríamos não ter luz, aquecimento, água, vendo-nos privados de tudo o que é essencial à sobrevivência?

Tudo isto se passa em diferentes lugares do mundo, e não tão longe de nós, como pensamos.

Sabemos que os mais vulneráveis, os idosos, são os mais atingidos por estas maldades. As crianças, ainda têm os pais para as protegerem. Os idosos vêem-se sozinhos.

Sentimo-nos impotentes para virar as páginas sangrentas da história.

Bendigamos, aqui, a paz, a saúde, a amizade e o amor que desejamos preservar.

Graça Foles Amiguinho

Graça Foles Amiguinho

Colaboradora Portuguesa

“Son Maria de Graça Foles Amiguinho Barros. Vivo en Vila nova de Gaia, pero nascín no Alentejo, nunha aldeia pequena chamada A Flor do Alto Alentejo.

Estudei en Elva. Fiz maxisterio en Portoalegre. Minha vida foi adicada ao ensino durante 32 anos, aos meus alumnos ensineilles a amar as letras, o país, as artes e a cultura. 

Meu começo coa poesia aconteceu de xeito dramático cando partin os dous braços, en 2004 comecei a escribir poesia compulsivamente, en 2005 xa tiña o primero libro editado  O meu sentir…”

A guerra do pao

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Emigrante por António Silva

Emigrante por António Silva

Acordou a terra do seu torpor

Naufraguei nos meus sonhos

Na singeleza dos caminhos

Danifiquei as palavras

Sem ter remendos da mesma cor,

Esculpi a noite ausente

E embalei os desejos

Onde rasgo o despertar

No azul deste mar

Em doces melodias

No cais onde embarcam as esperanças

E choram as despedidas,

Partem as saudades

Em marés vivas

E eu adormeço ao som das lágrimas

E era Maio quando adormeci

Tinha em minhas mãos

A fronteira encerrada

E bagagens para carregar

E nas bagagens livros de poesias

Com sonhos por concretizar

São campos semeados de solidão

E a terra enegrecida por “amanhar”

Onde ainda arde o carvão

Fica sozinha onde o sol nasce agora devagar

Onde a vida perdeu novamente a cor.

 

António Silva

Novembro de 2022

António Silva

António Silva

Poeta

Eu me chamo António Silva. Sou português e da província do Baixo Alentejo. Gosto muito de pintar e escrever poesia.

Meus poemas são pequenas pinturas coloridas. Cada tela que pinto é um poema colorido. E meus poemas são pinturas que retratam pedaços da minha vida. Recordações de infância que ficaram gravadas em meu coração. Eu gosto de colorir a vida com meus poemas e minhas pinturas. Assim a vida é mais fácil e mais bonita. Pinto e escrevo, como se ainda eu fosse uma criança.

Pois por dentro, eu não mudei, sou uma criança que tem um corpo de adulto.

Uma casa onde o tempo deixou seu rasto

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Minha terra é um jardim plantado à beira mar por António Silva

Minha terra é um jardim plantado à beira mar por António Silva

Minha terra é um jardim plantado à beira mar 

Técnica: Acrílico e pastel seco sobre tela texturada. 

Nesta pintura quis retratar a vida simples do campo, longe das grandes cidades. E dei muita cor à pintura para tentar mostrar que a vida nos campos pode ser muito bela.

 António Silva

minha terra é un jardím
António Silva

António Silva

Poeta

Eu me chamo António Silva. Sou português e da província do Baixo Alentejo. Gosto muito de pintar e escrever poesia.

Meus poemas são pequenas pinturas coloridas. Cada tela que pinto é um poema colorido. E meus poemas são pinturas que retratam pedaços da minha vida. Recordações de infância que ficaram gravadas em meu coração. Eu gosto de colorir a vida com meus poemas e minhas pinturas. Assim a vida é mais fácil e mais bonita. Pinto e escrevo, como se ainda eu fosse uma criança.

Pois por dentro, eu não mudei, sou uma criança que tem um corpo de adulto.

As distâncias que eu percorri

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